Quem sou eu

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Bom, tenho 46 anos... pai de três filhos, com uma mãe e duas irmãs maravilhosas... e dois sobrinhos mais maravilhosos ainda,, Tia Fantástica, tios e prim@s espalhados pelo mundão e que eu gosto muito (apesar da distância de alguns)! Comecei esse blog ainda nos primeiros anos deste milênio. Adoro cozinhar e em geral levava as "sobras de domingo" para o almoço de segunda-feira, no Colégio Eco, onde trabalhava. Cansado de "dar a receita e explicar como fiz aquilo", pensei em publicar num blog. Assim nasceu o "receitinhas do prof"... despretensiosamente. Atuo em muitas coisas paralelamente, com ênfase ao movimento escoteiro. Profissionalmente, sou um apaixonado pelo que faço!! Sou Professor de História (no momento, fora da sala de aula) e Orientador Pedagógico na Rede Pública de Campinas. Amo muito a área educacional! Ah! E ainda acredito que UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!! Desde outubro de 2010, atuo na rede pública de Campinas, engrossando o coro dos que gritam QUE UMA NOVA ESCOLA PÚBLICA E DE QUALIDADE É POSSÍVEL E VIÁVEL!! Atualmente na EMEF Maria Pavanatti Fávaro, creio na educação como forma e instrumento de libertação!!

sábado, 16 de agosto de 2008

Receita para alegrar uma tarde chuvosa de sexta-feira ou Torradas de Meias de Algodão

Nem sempre as cosias saem como planejamos.
Aliás, ouso dizer que existem alguns dias em que o caos impera e, por mais que façamos tudo o que está ao nosso alcance para derrotá-lo, parece que nada, absolutamente nada, pode detê-lo.
Mesmo assim, diante do caos, continuo na vã tarefa de diblar as dificuldades, como se trabalhar sob pressão ou então solucionar o que aparentemente não há solução fosse uma espécie de hobbie.
Há quem diga que tenho um imã para problemas e confusões!
Era uma sexta-feira no Colégio!
Quem conhece o cotidiano de uma escola sabe bem do que estou falando.

Sexta-feira; a libido contida parece extravasar pelos poros da criançada... verte energia por tudo quanto é buraco!! Até o olhar daqueles mais CDF´s´parece ter uma energia pronta para ser liberada a qualquer momento.
Sinto medo das sextas-feiras!
Como se não bastasse, estava chovendo. Muito! E na hora da entrada!
Tudo bem, São Paulo passou dos quarenta dias sem chuva mas... tinha que chover tanto assim na sexta-feira? E na hora da entrada?
Caos, caos, caos... Guarda-chuvas que se batem, crianças corendo na chuva, professor ligando prá avisar que está preso no trânsito... mais crianças correndo... mais guarda-chuvas... e água! Muita água!
Eram 12h30 aproximadamente.
Nesse contexto ouço meu nome.
Não, não era Sõ Pedro perguntando se já podia desligar a torneirinha do céu! Tampouco alguém para solucionar algo (acho que não é só comigo que acontece isso: sempre me procuram prá dizer que há um problema... nunca ninguém chegou me perguntando "quer que eu resolva algo prá você?").
Era a doce e simpática Dna. Leônidas pedindo que eu conversasse com um aluno do Fund I que estava descalço e por nada nesse mundo queria colocar o tênis e as meias!!
Não dá prá dizer não prá Dna. Leônidas e, apesar de meus questionamentos (Ele não é "dos meus"... não tem ninguém do Fund I aí? .... Mas, e a professora dele?), partí para o diálogo com o tal aluno.
Lá estava o camaradinha, descalço e com o pé molhado no chão gelado (receita básica prá ficar com gripe, aliás!). Tentei por todo custo convencê-lo mas acabei convencido... suas meias estavam encharcadas e, por isso, não queria calçá-las!
Esse era o momento exato em que eu devia colocar um ponto final na história... mas não! Tinha que querer resolver a parada! Claro, afinal de contas, quem mais poderia fazê-lo?? (preciso aprender a dizer não prá mim mesmo!)
Com didatismo e cautela, pedi para que ele confiase em mim e me entregase suas meias. Conseguí!
Fui até a cozinha do Colégio e ZAZ!!! Idéias superhipermega bestas...
Minha mãe costumava colocar roupas atráz da geladeira para que secassem mais rápido mas, primeiro, isso era no século passado;
segundo, tinha que secar rápido ou então o menino continuaria com o pé no chã e, definitivamente,
terceiro, era necessário rapidez no processo!
Olhei pro microondas e ele olhou prá mim! Lembrei do dia em que sequei a camiseta do uniforme do colégio da Juju (tá certo, estraguei uma camiseta mas da segunda vez deu certo! Juro!)... e lá fui eu em diração ao forno, com as meias do menino e com a alma de uma criança ingênua, que repete os passos do último erro!
Bom, com o critério nada científico, decidi por marcar dois minutos. Podia jurar que seriam suficientes para secar o par de meias. Só faltou avisar meu dedo!!!
Meias no microondas... tempo selecionado... iniciar!!
Era um balé interesante de se ver: as meias girando dentro do forno, a expectativa de ver um aluno feliz. Tudo parecia conspirar a favor!!
Mas era sexta-feira! Estava chovendo! Era hora da entrada!
Conjunção astral propícia a merda! Aliás, o I.V.D.M.* era altíssimo!!!
Podia jurar que selecionei dois minutos e por isso fui até a porta, conversei com os professores que estavam na sala ao lado da cozinha mas um cheiro estranho tomou conta do ar repentinamente!!
Ao olhar para o microondas, quase não o vi, pois estava envolto à fumaça (da meia chulezenta e úmida) e, no relógio, algo do tipo 15:28 (não lembro da dezena correspondente aos segundos... só lembro do 15... e de ter dito um palavrão!)
Rápido, rápido, rápido!!
Abre o forno, pega a meia (bem... o que sobrou dela), esconde os vestígios, fecha a porta, sai correndo, pede um vale pro Sr. Jayme (afinal, já tinha combinado em função do Dia dos Pais), pega a Juh, vai até o Azulão** para que ela providencie o almoço, corre pela Monteiro de Melo até a lojinha de roupas e diz: Moça, me vê um par de meias que sirva para uma criança de seis ou sete anos PELO AMOR DE DEUS!!!

UFA!

Volto correndo para o colégio e, esbaforido, entrego as meias ao menino: Olha, não te falei que lhe traria meias secas?
Mas não são minhas! disse o menino!
Respondi que eram novas e que as molhadas haviam sido jogadas no lixo...
Precisava ainda dar conta das meias torradas, do cheiro e da desinfeccção do microondas. Pena que nesse meio tempo, missões de professores investigavam a origem do fétido odor que se espalhara pela cozinha, pela sala dos professores e pelo espaço da E.I.

Impossível negar o que fiz! E até tinha gente achando que o cheiro vinha de uma pilha de caixas de salgadinhos para festa de aniversário de uma menininha do Fund I.
Ao final do processo (cerca de quinze intensos minutos), fotos para a imortalização da sexta-feira caótica!

IMPORTANTE: O microondas foi limpo e desinfectado, as meias queimadas jogadas no lixo, minha pessoa chacoteada até mas, o mais importante é que o menino vestiu meias secas!






Os créditos das fotos são da Anne Kelly, profa. de português.










*O I.V.D.M. é o famoso Índice de Vai Dar Merda! Quem me conhece, sabe o quanto utilizo esse indicador (que, aliás, supera a Fundação Getúlio Vargas, a USP, a PUCCAMP e todos os outros institutos em termos de exatidão).

11 comentários:

Anônimo disse...

HAHHAHAHAHA

As fotos são ótimas!!!

É a melhor receita, mas não usarei em casa!


beijos

Anônimo disse...

calor do verão obriga a nos manter hidratados. É evidente que água é o melhor dos remédios para esta ocasião, mas como nem todos gostam de água (eu, particularmente, acho que água enferruja) segue a dica.

ingredientes (para uma jarra de 2l de suco)

suco de 6 limões devidamente lavados e sem aquela tampinha que fica depois de tirar o cabo;
água filtrada ou comprada no supermercado;
gelo, muito gelo!;
um pacotinho de suco de limão ou 2l de refrigerante sabor limão (mesmo porque se você inventar de colocar Coca-Cola vai ficar muito ruim!);
açúcar;
erva de tererê do sabor desejado (não me invente de comprar a de boldo!);
um pano úmido.

modo de preparo

corte com cuidado os limões ao meio no sentido transversal à formação natural dos mesmos;
esprema-os com o auxílio de um espremedor ou então use as mãos mesmo (dentro da jarra!) e coloque o bagaço do limão também dentro da jarra;
adicione o conteúdo do pacotinho de suco de limão ou então alguns dois copos de refrigerante sabor limão;
coloque açúcar a gosto e adicione água (caso você preferiu o refrigerante, é lógico que não precisará do acúcar nem da água, mas limão espremido junto com refrigerante sabor limão fica muito bom, apesar de engordativo);
mexa calmamente até que você não consiga mais ver os cristaisinhos de açúcar (aqui vai uma dica: como os bagaços do limão estarão atrapalhando o procedimento de mexer o suco, segure o cabo da colher com as duas mãos e gire-a de forma a não sair do lugar);
coloque gelo, todo o gelo que couber dentro do recipiente!;
limpe em volta, toda a bagunça que você acabou de fazer, inclusive as “porcatchada” da pia!
como preparar a cuia ou o corno

coloque erva de tererê (se colocar a erva normal, não vai ser fácil chupar além de não ficar com um gosto muito bom!) até mais da metade da cuia ou corno;
segure a ponta que você chupa da bomba e introduza a outra parte dentro da erva, calmamente afim de arrumar a melhor posição da mesma (faça isso rezando um pai-nosso ou uma ave maria, vai melhorar o gosto do tererê além de você ficar em dias com seus compromissos religiosos);
coloque alguns gelos (daqueles que sobraram porque não couberam na jarra) dentro da cuia para mantê-la gelada;
limpe novamente em volta toda a erva que ficou (se sua mãe ou responsável não estiver vendo, aproveite e jogue tudo no chão afinal de contas quem varre o chão da cozinha é a sua irmã pentelha…).

Anônimo disse...

peguei de um site xD
é assim q vc fez?!
beijoo

Robson Alexandre disse...

quase assim, Ju... não coloquei muito gelo... e usei água fria, limão cortado em rodelas, lima da Pérsia também cortada em rodelas...

A erva que eu uso é paraguaia (para o quê?) e, por isso, digo que coloquei yerba.

Bjo!


(Gostou?)

Magno Rodrigues disse...

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAH

é um fanfarrão!!!!!!!!!hahahahaha

muito bom!! eu faria o mesmo!!hahaha

Robson Alexandre disse...

Que bom, Magno... Vamos então propor uma nova disciplina na FEUSP:

Métodos Alternativos 1

Anônimo disse...

hummmm!!
x9
uhahuuha
Vou fazer!!
Beijos

Lígia Pin disse...

HUAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Hilário!

Anônimo disse...

No dia que cheguei na minha sala e senti aquele cheiro HORRÍVEL e perguntei o que era, me disseram que era uma meia queimada, mas claro que não acreditei. Achei que tivesse acontecido algum acidente e quiseram esconder.... mas agora não tem como não acreditar.
É por isso que a cada dia admiro mais este grande amigo: O ROBSON.
BEIJÃO PARA VOCÊ!!!!

Anônimo disse...

(EMILY,5ªARVI. . . 4ªB do Guilherme Kuhlmann)
Fissor, torrar as meias do coitado é uma das piores maluquices suas qe vi até aqui no seu blolg viu . . .
Espero nunca ter minhas meias molhadas perto de vc viu !?
Bjus, ah. . . tô anciosa pra jogá Age of Empires ! ! !

Anônimo disse...

Ao deparar com tamanho estapafurdio expressei minha opinião de que o ilustríssimo professor gozava de uma problema, talvez reversível.

Minha filha, compadecida da situação, disse: "coitado do professor", ao que respondi: "coitado dos alunos deste professor"

Tchau
Daniel pai da Emily 5ª arvi
(Tende piedade de minha filha)